As artes, de uma maneira geral, em todas as suas variações, são utilizadas, já há algum tempo, em processos de cura ou terapêutico para os “males da alma”.
O que grande parte das pessoas não compreende é como a música pode ser prejudicial à saúde do homem.
E veja, estou falando de música, não de barulho.
Que o barulho agride nossa percepção e sanidade mental já é fato, sendo utilizado como arma ou como material para desnortear presos em situação de revolta nos presídios do mundo. Primeiro se desliga a luz, depois aumenta o nível de ruído do ambiente. Assim, perde-se a noção temporal e espacial, e a percepção da realidade fica alterada.
Isso também pode acontecer com a música.
Em alguns filmes de ficção, a música é usada num padrão tonal alterado capaz de “hipnotizar” ou enviar mensagens subliminares que influenciem comportamentos.
A exposição excessiva do ouvido humano à música, diretamente no canal auditivo (utilizando os fones de ouvido) pode causar surdez de moderada à severa, traumas acústicos ou disjunção da cadeia ossicular (o rompimento da ligação dos 3 ossos fundamentais no processo auditivo: martelo, bigorna e estribo).
Além disso, dependendo da frequência, da intensidade e do ritmo da música, também pode desencadear crises psicóticas.
A música é utilizada para influenciar as escolhas, como todos nós já tivemos um momento de ter um ”chiclete” grudada no pensamento por dias a fio, levando à ações e escolhas quase como por hipnose.
Na guerra, essas técnicas foram usadas. Essas chamadas “estratégias” são comuns no marketing.
Se formos analisar as emoções demandadas pela música de cada época da civilização humana, veremos que os padrões musicais foram sendo modificados a tal ponto que hoje, quase nada mais temos das melodias compostas pelos clássicos compositores ou até da antiga música. Instrumentos foram se adaptando e criados.
Mas, fundamentalmente, o padrão musical foi totalmente alterado, com a criação das músicas eletrônicas onde os instrumentos nem são utilizados.
É importante chamar a atenção para o uso indiscriminado da música como “terapêutico” porque pessoas que se julgam profissionais da área, com suas terapias alternativas sem fundamentação, podem causar danos irreversíveis no organismo humano com a utilização errônea da música.
Basta lembrarmos a quais emoções determinadas música nos remete, e a quais sentimentos.
Basta lembrarmos as histerias coletivas causadas pelas grandes bandas dos anos 60, onde as mocinhas desmaiavam ao primeiro acorde musical.
Fica o alerta e o estímulo à pesquisa mais aprofundada no assunto.