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Os efeitos do álcool além do corpo
Os efeitos do álcool além do corpo

 

Os efeitos do álcool além do corpo

O álcool é a droga licita mais consumida no mundo, com consentimento das famílias, dos amigos, dos governos e da sociedade, mas seus estragos alcançam muito mais do que suas relações com o outro ou os efeitos físicos desagradáveis da ressaca.

O álcool libera sentimentos, emoções, mas principalmente, libera a Sombra.

A sombra que se esconde no mais profundo do inconsciente, que passeia eventualmente nas reações e sentimentos, explode como louca através do consumo do álcool.

Ao longo da minha vida, vi pessoas maravilhosas tornarem-se algozes cruéis através dos efeitos do álcool.

Meu pai, homem culto, sensível, transformava-se em impiedoso cruel pelos goles da bebida. Destruiu sua vida, tornou-se um homem sem sonhos, sem perceber como era, sem compreender seu próprio saber.

Não compreendo a passividade diante do álcool.

Não entendo a permissividade social à droga mais destrutiva que já tive contato.

Após a explosão e domínio da e pela Sombra, vem a dor, a vergonha, o arrependimento, e enfim, a depressão.

As desculpas pelas mágoas, pelas agressões, pelo ego exacerbado, pelas ofensas, pensam, podem ser diminuídas através dos sentimentos do “não fui eu”, pela desculpa dos “efeitos do álcool”.

Mas o estrago já foi feito.

Mr Hyde já destruiu seu entorno, e a reconstrução é impossível.

Além da dor que envolve os familiares envoltos na impossibilidade de mudar, - e isso também se torna um vício ao longo dos anos, - a própria dor da dificuldade em reconhecer-se na Sombra, levando à depressão, e em muitos casos, creiam, ao suicídio.

 

“Suicídio refere-se a todas as causas de morte desencadeadas por uma ação da própria vítima contra si própria, com a ciência do resultado. É uma das principais causas de morte violenta em todo o mundo, e tornou-se uma questão de saúde pública, em virtude do aumento do número dos casos de suicídio entre os jovens, tanto nos países desenvolvidos quanto no Brasil. O consumo excessivo de álcool, a dependência alcoólica e o abuso de outras drogas estão intimamente ligados à tentativa ou consumação de suicídios. O objetivo deste estudo foi levantar o problema sobre o consumo de álcool por vítimas de suicídio no Brasil e no mundo, informação que é essencial para a formulação de políticas de prevenção à morte violenta relacionada ao consumo de álcool. A associação entre álcool e suicídio foi observada em estudos em vários países, inclusive no Brasil, com alcoolemias positivas, em média, em um terço das vítimas de suicídio. Apesar da considerável prevalência de suicídios no Brasil, faltam estudos que permitam uma abordagem epidemiológica para apoiar as políticas de saúde pública sobre esta questão. Da mesma forma, há pouca informação sobre o uso do álcool no Brasil e são escassos os estudos e os dados epidemiológicos que mostrem a associação entre os índices de mortalidade por causas externas e, em especial, por suicídio e uso do álcool, a fim de que sejam incluídos nas estratégias preventivas com o objetivo de reduzir o número de mortes violentas e os custos financeiros delas decorrentes.”

(Uso de álcool e suicídio, Goçalves,R. E. M., Ponce, J.C., Leyton, V. https://www.revistas.usp.br/sej/article/download/102818/101107)

 

Estáticas não publicadas por não atender aos interesses das indústrias de bebidas.

Vi tantas transformações inexplicáveis ao longo dos anos, tímidos transformam-se em inconvenientes, doces transformam-se em agressores, sensíveis transformam-se em estupradores, não só homens, mas as mulheres também. Recatadas em promiscuas, submissas em torturadoras...

Mas todos, sem exceção, carregam em si, sentimentos intensos e cruéis, destruidores e irascíveis que desconhecem e, após o “porre”, insistem em negar suas existências.

Os efeitos do álcool são piores e mais profundos que apenas uma ressaca na manhã seguinte.

Leva à crimes hediondos, contra si e contra o outro, e revela um lado cruel da nossa sociedade: Que Dr. Jakyll possa liberar Mr. Hyde pelo menos uma vez na vida, para aplacar a dor intensa que o consome e permitir que seu verdadeiro EU sobreviva.

Não é pieguice exigir uma campanha mais intensa contra a facilidade de consumo do álcool.

É pandêmico, caso de saúde pública. Mais e mais cedo o sujeito entra em contato com o álcool com a minha, a sua, a nossa permissão.

Porque se impões que a felicidade só se encontra através do consumo do álcool, que lhe proporciona amigos, sucesso, dias de sol e êxtase total.